Com mais de meio século de atraso, prefeitura de Cuiabá tenta conter invasões e grilagens de lotes urbanos
De repente a prefeitura de Cuiabá resolve combater as invasões e grilagens, coisa que vem acontecendo constantemente a mais de cinquenta anos e na maioria das veses apoiado por politico ou candidatos a algum cargo eletivo, interessados nos votos dos invasores.
Cuiabá é uma cidade que nasceu e cresceu desordenadamente, mais de 70% é fruto de invasões. Tirando as COHABs (Cohab Velha e Cohab Nova, na Cidade Alta; os CPAs (I, II, III e IV); Coophamil; Coophema; Cohab Cristo Rei, em Várzea Grande, só para citar as mais antigas) que foram construídas que forma planejadas, partindo do centro da cidade já vemos como a cidade se desenvolveu de maneira irregular.
Os bairros mais antigos e tradicionais de Cuiabá são todos frutos de invasão. O Dom Aquino, que a união de vários outros bairros, Baú, Lixeira, Goiabeiras, Duque de Caxias, Quarta-feira (Bela Vista), Pedregal, São João dos Lázaros, Consil que hoje contam com toda infra estrutura necessária, nasceram assim.
Em 1974, uma enchente destruiu o bairro Terceiro, que fazia divisa com o Campo Velho, a Várzea Ana Poupina, o Barcelo e o Porto. O município determinou que ali não poderia mais ser utilizado como área residencial ou comercial. Pois pouco tempo depois, o local está totalmente povoado, surgiram ali novos bairros, o São Mateus, o Praeiro e o Praeirinho e é um dos mais importantes centros do comércio de Cuiabá, pois no local funcionam duas universidades particulares (UNIC e UNIRONDON), a sede de um jornal (Diário de Cuiabá), a sede da ACRIMAT, e da Exposição Agropecuária do Estado, o Complexo Esportivo do Dom Aquino e o Shopping dos Camelôs, além de muitas outras empresas ao longo da Avenida Beiro-Rio. Tudo isso numa área onde nada mais poderia ser construído.

O curioso disso tudo, é que já fazia algum tempo que não se registavam novas invasões, é só se aproximar o período eleitoral (eleitoreiro) que esse tipo de coisa voltam a acontecer. Invasões são coisa de profissionais, gente que vive única e exclusivamente disso e se aproveitam de meia dúzia de famílias que realmente não tem onde morar para lucrarem com esse tipo de atividade. Esse tipo de gente tem que ser tratados da forma que realmente devem ser tratados, com todos os rigores da lei.