Investigadores suspeitam de desvios de R$ 7 milhões; defesa nega e fala em detenção ilegal
A Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, prendeu o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações. Marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), ele atuou nas gestões dos presidentes Lula e Dilma.
Para investigadores, Bernardo teria se beneficiado, entre 2010 e 2015, de R$ 7 milhões desviados de contratos firmados entre a pasta do Planejamento e a empresa de tecnologia Consist, gestora de crédito consignado do funcionalismo público federal.
Segundo a Polícia Federal, a Consist recebia R$ 1 de cada parcela de crédito paga, e o valor de marcado é de R$ 0,30. Cerca de R$ 100 milhões teriam sidos desviados da pasta – 70% do contrato de R$ 140 milhões que cada empresa manteve com a pasta.
Na decisão em que decreta a prisão preventiva de Bernardo, o juiz Paulo Bueno de Azevedo afirma que o dinheiro que o ex-ministro teria recebido não tinha sido localizado e que haveria risco “de realização de novos esquemas de lavagem“.
A defesa de Bernardo afirmou que a prisão é ilegal e que ele não se envolveu em irregularidades. Gleisi Hoffmann disse em nota que a operação foi feita para desviar o foco “deste governo (Temer) claramente envolvido em desvios“.