
Nesta semana, no CT Lanna Drumond, um tipo de treinamento tem se repetido: o de finalizações. Não por acaso. O América-MG tem o pior ataque do Campeonato Brasileiro – em 21 rodadas, marcou apenas 13 gols. E não é por falta de tentativa: o time já finalizou 227 vezes na competição, o que dá uma média superior a 17 chutes para cada gol marcado. O treinador Enderson Moreira tem feito o que pode para fazer estes números melhorarem. Além de fazer seus atletas treinarem repetidamente as finalizações, tem feito também testes no ataque, trocas de jogadores no treino, tudo para colocar em campo quem estiver com a pontaria mais calibrada e reduzir as chances de erro.

Osman, um dos responsáveis por balançar as redes adversárias, concorda com a postura do treinador.
– Quem não está fazendo gol, a comissão vê a melhor opção (para substituir). Me trocou, trocou o Matheusinho, Michael, todo mundo da frente (nos treinamentos). Ele está rodando (os jogadores) no ataque, e quem
for melhor nos treinamentos vai começar jogando.
Um fator, porém, não depende exclusivamente de treinamento: o emocional. Pela necessidade que o América-MG tem de começar a vencer com urgência, nenhuma chance pode ser desperdiçada, o que gera uma certa ansiedade para marcar, como garante o próprio Osman.
– Às vezes bate a ansiedade, nós lamentamos que não estamos marcando, mas
temos que colocar a cabeça no lugar. Quando a bola chega, temos que estar firmes
para fazer o gol. Quanto mais treinar, mais os gols vão sair naturalmente.
O próximo compromisso do América-MG é longe de casa, contra o Vitória, domingo, às 18h30 (de Brasília), na Fonte Nova.