
Depois de um primeiro tempo ruim, quando foi dominado pelo Coritiba e saiu para o intervalo perdendo por 1 a 0 e sob vaias da torcida, o Vitória conseguiu se reerguer na etapa final e virou a partida por 2 a 1. O resultado, conquistado na noite desta quinta-feira, na Arena Fonte Nova, deixa o Leão em vantagem na Copa Sul-Americana para o jogo de volta, marcado para a próxima quarta-feira, em Curitiba. A equipe baiana joga por um empate para avançar na competição.
Após a partida, o técnico Vagner Mancini reconheceu que o Vitória, de fato, não fez um bom primeiro tempo. Mancini viu a equipe dispersa, bem diferente do que apresentou na etapa final, quando dominou o Coxa.
– O Vitória não foi bem no primeiro tempo. Time disperso, que não marcou bem, distante do que a gente viu no jogo contra o Corinthians. No segundo tempo, voltou uma equipe mais vibrante. Em cima disso, a gente fez um belo segundo tempo.
Na etapa final, uma mudança de posicionamento de Kieza foi determinante para o andamento da partida. Jogando pela esquerda, o atacante iniciou a jogada do pênalti marcado sobre Cárdenas e fez um gol.
– Eu acho que, no primeiro tempo, o Vitória não encaixou a marcação. Isso fez com que a gente desse espaço. O ponto favorável foi a caída do Kieza no lado esquerdo. Acho que ali ele levou vantagem e saíram as melhores jogadas. Isso, até certo ponto, deu uma desestabilizada no setor defensivo do Coritiba.
Além da volta por cima do Vitória, também chamou atenção na partida desta noite o pênalti desperdiçado por Kieza, ainda no primeiro tempo. O atacante, que não é o cobrador oficial de penalidades da equipe, bateu e acertou a trave. Na etapa final, em outro pênalti marcado, Diego Renan bateu e converteu. Curto e direto, Mancini comentou rapidamente o episódio.

AVALIAÇÃO DO TIME
– O que agradou o torcedor foi a vitória. Se eu tivesse feito outras alterações, eles estariam satisfeitos. O que a gente viu no segundo tempo foi um time que fez a bola rodar. Isso é um ponto fundamental. As substituições, em alguns momentos vamos utilizar um, em outros momentos vamos utilizar outros. Tenho vários atletas. Não posso me deixar levar pela opinião dos outros. Lógico que todo mundo tem sempre um time na cabeça. O treinador também. Fico feliz de ter mudado e dado certo. Mas nem sempre isso acontece.
KIEZA
– Eu sempre pensei [em atuar com Kieza pela esquerda]. Até porque o Kieza, antes de jogar no Bahia, jogou comido no Náutico. Conheço ele. Mas é necessário que a gente tenha uma peça para suprir a ausência dele no centro do campo. Eu sei que muita gente enxerga diferente. É por isso que o futebol é tão amado no país. O Kieza, quando der para ser usado ali, vai ser usado. Assim como Marinho, que as vezes joga pelo lado esquerdo, as vezes pelo lado direito.
DOIS MEIAS
– Isso pode acontecer, como já aconteceu. Diante do Santa Cruz, entrei assim. Mas foi com o Flávio. Muita gente foi contra. Hoje, porque o Vitória ganhou, deu certo. Sei que quando a gente não alcança o resultado, tenho que escutar coisas. O mais importante foi a vitória, resgatar o bom futebol. Nunca escondi que sempre gostei de jogar com mais jogadores com parte técnica exaltada. Não estou dizendo que isso vai ser uma tendência. Mas existe a possibilidade.
Time para domingo
– Difícil a gente falar do jogo do América-MG, porque estamos vivendo ainda o jogo de hoje. É um jogo importante. Até domingo vamos pensar em uma escalação que agrade.