Cuiabá Press – Aos 19 anos incompletos [nasci em 28 de setembro] 1977, prestei o Serviço Militar Obrigatório, no 9º Batalhão de Engenharia de Construção/9º BECnst, tendo recebido a “Baixa” em 30 de novembro daquele ano. De posse de meu Certificado de Reservista de 1ª Categoria estava apto a seguir minha vida profissional.
Comecei a trabalhar muito cedo, em 1971, aos 13 anos, como membro da Corporação Guarda Mirim de Cuiabá, fui contratado fui contratado por essa instituição federal em 12 de junho de 1971, onde permaneci até agosto de 1972. Após deixar o 9º BECnst, trabalhei nas Óticas Paris e Cuiabá, no Calçadão da Rua do Meio e até o final de 1976, trabalhei com meu pai na construção civil.
Meu irmão José “Zeca”, foi admitido no antigo Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso/Dermat, como Motorista, onde trabalhou entre 01 de março de 1977 a 08 de abril de 1982, um dia no final do mês de dezembro de 1979, quando eu estava desempregado [havia deixado a SEJUS/MT em novembro] estávamos Zeca e eu jogando sinuca no bar de seo Osvaldo, próximo de minha casa e tomando umas “biinn dgelaada”, ele me fez uma promessa: “Shomano, vou arrumar serviço pra você lá no Dermat. Você vai jogar bola com a turma de lá“, disse ele.

No Dermat trabalhavam vários ex-jogadores da “era de ouro” do futebol cuiabano e, como não podia deixar de ser, havia uma grande atividade futebolística no antigo Dermat. Na sede da Associação de Servidores do Dermat, Asdermat, cuja inauguração ocorreu em 17 de novembro de 1977, desde o ano de 1978 já eram realizados torneis de futebol de salão.
Em 1983, foi inaugurado o primeiro campo de futebol e cerca de dez anos após foi inaugurado um segundo campo, onde aconteciam excelentes campeonatos internos, com destaque para o de 1989, quando um time da Policia Rodoviária Estadual foi convidado a participar e fez a final contra o time da CRHu [Coordenadoria de Recursos Humanos] e nada mais, nada menos do que cerca de 1.500 pessoas estiveram nessa associação acompanhando essa final vencida pelo time da Policia, que venceu a partida por 3 a 2. Eu nem dei muito crédito para a promessa de meu irmão, pois estávamos em um bar bebendo e jogando e acabei até me esquecendo.
Durante o ano de 1978, trabalhei voltei a trabalhar com meu pai na construção civil. Exatamente no mês em que foi realizado a Copa do Mundo, na Argentina, meu pai estava construindo a casa de Ednauer Bomdespacho, o Nanau, funcionário do Dermat, lotado no setor de compras, que era compadre de meu irmão Zeca e eu ficava furioso por ter que trabalhar justamente no horário em que ocorriam os jogos, porém, os filhos naquela época, costumavam obedecer cegamente aos pais.
Relativamente grande, eram quatro ou cinco peças, não lembro com exatidão, numa das ruas do bairro Cruz Preta, se não me falha a memória era a continuação da Rua Senador Azeredo, depois da Rua Comandante Costa. Dessa época tenho as boas recordações deter visto todos os dias pela manhã, duas vizinhas de Nanau, que na época deveriam ter menos de 20 anos, que levantavam cedo para ir para a escola e saiam para tomar banho enroladas em toalha. Naquela época, os banheiros eram separados dos demais cômodos das casas. Eram duas moças, a mais velha um pouco avantajada fisicamente e a mais nova, que se chamava Air, era uma morena muito bonita, de rosto, cabelos escorridos e que tinha um corpo escultural.
Não recordo o nome da outra. No começo do ano de 1979, prestei concurso púbico para Guarda Penitenciário, aprovado, prestei serviços na SEJUSP/MT entre março e outubro de 1979. Devido a uma discussão com o Diretor Geral da PCE, abandonei esse cargo público. Na verdade, essa discussão foi mais um pretexto para deixar de trabalhar naquele local, já que o salário não compensava o risco que os guardas corriam diariamente ali dentro daquele presidio.
Durante o ano de 1980 voltei a trabalhar com meu pai na construção civil, até que no final do mês de dezembro de 1980, se não me falha a memória, no dia 30, a Assistente Social do Dermat, Milvaci Viana, irmã do Contador Mario Viana, o conhecido jogador do Riachuelo Esporte Clube, conhecido como Amarando, foi até a minha casa e media entregou um ofício que dizia que eu deveria apresentar-me no RH do Dermat primeiro dia útil do ano de 1981, ou seja, dia 02.01.81. Meu irmão, verdadeiramente, havia cumprido a promessa que me fez.

Nesse ano, 1981, a sede da Administração Central do Dermat era no edifício Edgar Prado Arze, localizado na esquina da Rua Estevão de Mendonça com a Avenida Getúlio Vargas, porém, alguns setores funcionavam em outros endereços. O 1º Distrito, por exemplo, que quando da fundação da antiga Comissão de Estradas de Rodagem de Mato Grosso-CER/MT, localizava-se na Rua 13 de Junho [entrada principal] e com outras duas entradas e saídas maiores [para caminhões], uma na Rua Major Gama e outra na Rua Thogo Pereira. E foi justamente aí, no 1º Distrito, que fui lotado ao ser admitido no antigo Dermat.
Lembro que do portão do Dermat que dava acesso para a Rua Major Gama, eu podia ver a casa de meus pais, onde morei entre 1962 e 1984. Inclusive, no meu primeiro dia de trabalho quase fiquei preso no galpão da oficina mecânica, pois no intervalo de almoço, todos servidores iam para a casa e o galpão ficava fechado à chave. Só havia um pequeno banheiro e bastante servidores que precisavam tomar tomar banho para irem para casa e eu, novato, fiquei por último e quando sai para ir embora uma pessoa estava fechando o portão. Bom era o meu deslocamento casa/trabalho, trabalho/casa, pois dali do 1º Distrito até minha casa não gastava mais que dez minutos.
Tive muita sorte ao ser lotado naquele setor do Dermat, pois lá trabalhavam vários moradores do antigo bairro Morro do Tambor que eu já conhecia, devido meu irmão ter sido admitido primeiro que eu nesse órgão público, como: Zé Augusto “Capeta” [que ficou conhecido nacionalmente ao ter sua prisão mostrada no programa Fantástico, da Rede Globo; Zé Chiclete e Manoel Leite Gonçalves, o Mané “coco de aço” que eram moradores na rua Pimenta Bueno, bairro Barcelos; seo Ildo “Piri-piri” e os os motorista Ângelo “Azeitona” e Onildo Cruz, famoso “João bobo”, que moravam no Morro do Tambor próximo da casa de minha família.
Como diz o ditado: “tudo que é bom, dura pouco”, no mês de março de 1981, mudaram o 1º Distrito para um galpão ao lado da 1ª Residência Rodoviária/RERO-01, no bairro Carumbé. O nome 1º Distrito foi mudado para Serviço de Equipamento Mecânico/SEMEC e confesso que ali é que realmente vivi meus melhores dias como servidor público estadual.
Como eu disse anteriormente neste mesmo texto, vários ex-jogadores profissionais trabalharam no Dermat, sem contar que os governos daquela época mesmo com aquelas dificuldades da inflação, hiperinflação em 1986, daquela porcaria que foi o governo de José Sarney, as coisas foram muito melhores do são até o mês de abril de 2017 [quando me aposentei]. Salários irrisórios, lutas de classe por melhores condições de trabalho, greves [brancas ou não], eu mesmo, que ganhava salário mínimo naquela época, muitas vezes eram necessários complementos salariais para que o salário ficasse no mesmo valor que o salário mínimo.
Mas era bom assim mesmo, em função da convivência que havia ali, nós éramos como uma grande família. Não havia aquele “desejo louco” de ficar rico e de ostentar, como vemos nos dias atuais. Claro que havia exceções, particularmente, daqueles que detinham “cargos comissionados” que tinham maiores possibilidade de auferir algum lucro em beneficio próprio. Até Dante assumir o governo do Estado os Cargos de Confiança eram dos servidores de carreira, aí transformaram esses cargos em cabides de empregos.
O que também não tem preço foram as amizades que adquiri quando mudamos lá para o prédio n bairro Carumbé, pessoas que jamais esquecerei: O Engº. Civil Gonçalo Catarino da Penha, chefe do SEMEC, a secretaria dona Zenir, dona Maria Zélia, Vera [filha do mestre Ayrton Moreira, ex-jogador do Mixto Ayrton “Vaca Brava”], Ademildes “Dinha” e Altair Maciel “Paiva” que eram o pessoal do “Escritório” e a turma da oficina mecânica, o Engº. Civil Robson Rivera [que ao fundar a Construtora Tangente, deixou o Dermat e passou a fazer obras para o governo do Estado], Ciro José “Ciro cabelo bom” [bicampeão pelo Operário-VG em 1963 e 1964], Luis Carlos, Luis Gonçalo, o “Gordo [o mesmo que faleceu nas dependências do estádio Verdão] “Josué “Pastoril”, Nazir “Barrigudinho” e Firmino Rodrigues, que foi proprietário do Quintal Cuiabano, famoso ponto de encontro localizado no bairro Poção ou Dom Aquino, se não me falha a memória. Firmino, faleceu faz pouco tempo. Foi um dos melhores amigos que fiz no antigo Dermat, trabalhamos por no mínimo 20 anos no mesmo setor.
Aí vinha a turma da “mão de graxa”: Seo Antonio Victor, tomava conta do relógio-ponto [Apontador]. Mecânicos: Ale Huntar, Antonio Gonçalves “Toninho pé de curva”, Antonino Siqueira “Siqueira”, Antonio Santos “Antonio Mappin”, Arnaldo Oliveira “Tição”, Antonio Marin “Bunda de creme”, Avelino Mendes “Tabuiaiá”, Benedito Guimarães “Dito Guimarães”, Benedito Almeida “Dito Almeida”, Benjamin Leite “Beja”, Bernardo Damasceno “Lagartinho”, Clóvis Moraes “Clau”, Damião Marques “Paquete”, Demerval Gonçalves “Caramujo”, Eugenio Tomeilno “seo feio”, Gonçalo Roberto “Jaburu” [ex-jogador do Mixto, Dom Bosco, Operário e Palmeiras], Gregório Papa “Urubuzinho”, Gregório Dias “Fuminho”, Jair Gomes “Jairzão”, Jair Nunes “Abobrinha”, José Benedito Silva “Zé Bonitinho”, José Benedito Aguiar “Jiboia“, João Sales “Clodovil”, Manoel Leite “Mané coco de aço”, Manoel Lourenço “Mané Sombração”, Osvaldo Arruda “Jeguinho”, Tirson Fortes “Panela de pressão”, Tarcílio Moreira “Tarcílio boca de fogo”, Washington Carvalho “Nariz de borracha” e Wilson Conceição “Wilson Buchada”. Pessoas, colegas de trabalho, amigos [vários já falecidos] dos quais jamais vou esquecer.

Nas décadas de 1980 e 1990, o futebol era o principal lazer da maioria das pessoas. Havia campeonatos internos disputadíssimos de futebol de salão entre 1979 e 1984. Em 1985, foi construído o primeiro campo da futebol society, que passou a ser a principal competição disputada em nossa associação. Dez anos depois, em 2005, foi construído um segundo campo. O campeonato interno que seguramente foi o melhor de todos, foi o disputado em 1989. O time da Polícia Rodoviária Estadual foi convidado a participar dessa edição do nosso campeonato interno de futebol society e, como não podia deixar de ser, eram cotados para ganhar o campeonato.
E o esperado aconteceu. Porém, o time da Polícia muito bem preparado fisicamente, pegou uma parada duríssima na decisão, o time da Coordenadoria de Recursos Humanos/CRHu. Se antes de começar a competição já davam o time da Polícia com “campeão” o desempenho do time da CRHu, fez com que os servidores que iam até a associação torcer por maridos, filhos ou namorados viram uma time que realizou sete partidas [contando a final] e só ganhou por goleadas: eram 8, 10, 11 e até 14 a 0. Somente dois jogos foram vencidos por menos de seis gols de diferença.
A grande final foi um sábado de manhã e seguramente, cerca de 1.500 pessoas estiveram na associação para prestigiarem a grande final. O bar da associação, na época administrado por Sabino Araújo, estava lotadaço. O time da CRHu só perdeu um jogo, a decisão, por 3 a 2. Em menos de dez minutos de jogo abrimos 2 a 0 [foram dois tempos de 30 minutos]. Porém, no 2º tempo, o time da Policia muito melhor preparado fisicamente, empatou e faltando poucos minutos para terminar o jogo, viraram o placar. Foi uma partida histórica, talvez o melhor jogo realizado em todos os tempos na associação de servidores do Dermat.
Bom também eram as excursões para jogos em residências rodoviárias no interior do Estado. Em 1980, o Dermat adquiriu um ônibus que atendia aos servidores e os ex-jogadores profissionais, muitos deles em cargos comissionados conseguiam com a direção do órgão liberar o ônibus para irmos a Alto Paraguai, Cáceres, Sinop ou Alta Floresta. Fomos várias vezes nesses municípios, principalmente a Alto Paraguai que era mais perto. Abaixo, uma descrição dos jogadores profissionais que foram servidores do Dermat:
BOLEIROS DO DERMAT – Jogadores profissionais de futebol que foram servidores público estaduais, lotados desde a antiga CER-MT [que foi DERMAT, Secretaria de Infraestrutura, Secretaria de Estado de Infraestrutura e Pavimentação Urbana e atualmente é Secretaria de Estado de Infraestrutura]:


ALE UNTAR, “Ale”, foi goleiro campeão várias vezes pelo Operário-VG entre as décadas de 40 e 50 do século passado. Irmão do ex-goleiro Musse Untar e do árbitro Iunes Untar, e tio atacante Nasser, ex-atacante revelado no Tricolor Várzea-grandense e Campeão pelo Dom Bosco em 1991. Como servidor estadual, começou na antiga CER-MT aposentou-se pelo DERMAT, ainda nos anos da década de 1980, como Mecânico Especializado em Máquinas Pesadas;
AÍRTON MOREIRA, pelo estilo impetuoso como disputava as jogadas contra adversários do Mixto esporte Clube, recebeu o apelido de “Vaca Brava” quando defendia o time da Candido Mariano nas décadas de 1940 e 1950. Deixou um sucessor, seu filho Admir Moreira, um dos maiores jogadores da história do futebol de Mato Grosso. Mestre Aírton, como era chamado por colegas de trabalho, foi admitido no serviço público pela CER-MT e no ano de 1947 aposentou-se em 1987, tendo sido recontratado em Cargo Comissionado em 06.07.1987 e dispensado ainda no final da década de 1990;
ANTONIO REIS DA ROSA, “Totonho”, oriundo do extinto bairro Do Terceiro, foi um dos atletas descoberto no famoso Campo de Virgilino, administrado pelo pai de Pelezinho, craque revelado nas categorias de base do Mixto, que ficou nacionalmente conhecido ao marcar gol olímpico no goleiro Mazaropi do Vasco da Gama do Rio de Janeiro em 1976, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro de 1976. Totonho jogou pelo Riachuelo Esporte Clube, entre 1963 e 1969. Admitido no DERMAT, em 02.07.1965, Técnico em Contabilidade sempre trabalhou na área administrativa, no Setor de Contabilidade, aposentou-se no fim dos anos 90. Com a extinção do barro Do Terceiro, mudou-se para o Novo Terceiro, na Rua Tejo;
BENEDITO RODRIGUES DA SILVA, “Tira”, foi goleiro e começou a carreira na Sociedade Postal, time dos Correios e depois transferiu-se para o Mixto E. C. Fez carreira nos anos 50 e 60 do século passado e ao encerrar sua carreira de jogador profissional, foi árbitro da Federação Mato-grossense de Futebol. Entrou para o quadro de servidores do Estado ainda na antiga CER-MT em 12.04.1965 e aposentou-se nos anos 90. Oriundo do tradicional bairro Baú Sereno, foi morador do bairro Cohab Nova. Tira já é falecido;
BENEDITO AQUINO DE CAMARGO FILHO, mais conhecido como “Camargo”, também jogou no Mixto Esporte Clube nos anos 60, onde teve papel destacado. Foi admitido no DERMAT em 28.03.1978. Era Artífice de Artes Gráficas, oficio que aprendeu estudando na Escola Técnica Federal de Mato Grosso. Foi por muitos anos chefe do setor gráfico do DERMAT até o início do governo Maggi, Tal qual Tira, Camargo era oriundo do bairro Baú Sereno;
CLÓVIS LESCO, “Clóvis”, foi o goleiro titular do Dom Bosco no histórico jogo no Maracanã em 1969 e já era funcionário estadual lotado na CER-MT desde 25.06.1962. Teve uma carreira de mais de dez anos, todos no Azulão da Colina Iluminada. Clóvis era oriundo do bairro MORRO DO TAMBOR, sua família foi uma das primeiras a se instalar no local, na Rua Fernando Ferrari, onde membros da família residem até aos dias atuais. Clóvis foi um dos servidores que participou de todos os campeonatos internos, tanto de Futebol de Salão, como de Futebol Society realizados na Associação de Servidores, a ASDERMAT;
CIRO JOSÉ DA SILVA, “Ciro”, jogou por mais de dez anos no Clube Esportivo Operário Várzea-grandense do final dos anos 50 até os anos 70 e conquistou vários títulos com o Tricolor da Fronteira. Fomos colegas de trabalho desde janeiro de 1981 até começo dos anos 2000, quando ele aposentou-se do serviço público, mas Ciro já era servidor estadual desde 10.05.1978. Dono de uma educação refinada, era muito querido pelos colegas de trabalho. No final dos anos 90, começo dos anos 2000, sofreu um terrível golpe do destino. Seu filho que havia acabado de formar-se Policial Militar foi assassinado. Isso deixou-o arrasado;
DARCIBEL DA SILVA RAMOS, “Darcibel”, Oriundo de Minas Gerais, veio para Mato Grosso em 1973 quando Délio de Oliveira montou um timaço comandado pelo paraguaio Juan Rolan, que acabou em terceiro lugar no Campeonato Estadual daquele ano, melhor colocação obtida em toda sua história, cuja escalação era a seguinte: Darcio ou Barbosa; Herivelto, Nelson, Alair e Iranir; Luiz Afonso, Humberto e Laércio; Sabará/Careca, Luiz Paulo Caxambu/Careca e Darcibel. Servidor de carreira da Secretaria de Educação/SEDUC, está a mais de dez anos à disposição da SINFRA/MT;
ÊNIO VENTURA DE CAMPOS, “Ênio”, é oriundo do bairro Jardim Independência e foi servidor público estadual desde 20.05.1964, admitido pela antiga CER-MT. Ele e mais quatro irmãos: Zequinha, Luiz, Hélio e Valter são aposentados pelo órgão estadual Ênio jogou pelo Riachuelo do bairro Dom Aquino e pelo XV de Novembro do bairro Lagoa, no Porto, nos anos 60 e 70. Também foi jogador famoso no futebol de salão em Cuiabá. Foi o 1º presidente eleito da Associação de Servidores do DERMAT, a ASDERMAT e presidente do Sindicato [SINDERMAT] do mesmo órgão por muitos anos. Aposentou-se no começo dos anos 2000;
GONÇALO ROBERTO DO NASCIMENTO, o mais que conhecido JABURU que formou a mais famosa dupla de atacantes do futebol mato-grossense com Gebara no Tricolor Várzea-grandense nos anos 60, atuou nos quatro times da capital. Começou sua carreira no Mixto Esporte Clube e tornou-se um dos jogadores mais querido da torcida, transferiu-se para o Clube Esportivo Operário de Várzea Grande onde ganhou vários títulos, indo depois para o Clube Esportivo Dom Bosco e encerrou a carreira jogando pelo Palmeiras Esporte Clube, no final dos anos 70. Entrou para o serviço público estadual em 20.10.1967 no recém criado DERMAT, para trabalhar como Mecânico de Máquinas Pesadas [tratores e carretas], aposentou-se no início dos anos 2000 e faleceu cerca de 10 anos atrás;
HUMBERTO CATARINO DE CAMPOS, “Humberto” jogou pelo Mixto Esporte Clube nas décadas de 1940 e 1950. Disputou vários campeonatos realizados no campo do Colégio Liceu Cuiabano, que na época era o Campo do Commércio, extinto time que existia em Cuiabá. Entrou para o serviço público estadual em 15.03.1961 ainda na época da CER-MT. Esteve por muitos lugares do Estado por onde o DERMAT fez obras, já que exercia o cargo de Supervisor de Campo;
ISAAC PEIXOTO PINTO, “Craque Café”, morador do extinto bairro Do Terceiro, foi um dos principais jogadores da história do Palmeiras Esporte Clube, nos anos 60 e 70. Foi admitido no DERMAT em 15.01.1971. Aposentou-se cerca de dez anos atrás. Também foi o principal responsável pela realização dos Campeonatos Internos e saídas para jogos em algumas cidades [Rondonópolis, Barra do Garças, Alto Paraguai, Cáceres e Sinop] onde havia Residências Rodoviárias do DERMAT;
JOARIDE ALVES CORREA, “Joaride”, foi jogador do Dom Bosco por vários anos, fez parte de grandes times montado pela diretoria nos anos 60. Era irmão mais velho de José Alves Correa, o conhecido, Zé Sapo, também jogador profissional que atuou pela Sociedade Postal, time dos Correios. Em 1964, foi admitido pela antiga CER-MT e se aposentou no fim da década de 1990 e foi recontratado para exercer cargo comissionado, tendo sido exonerado pouco tempo depois. Zé Alves faleceu recentemente;
JOSÉ ALVES CORREA, “Zé Sapo” como era apelidado tanto no futebol como por amigos e colegas da extinta CER-MT, onde ingressou em 21.06.1965, um ano depois de seu irmão mais velho Joaride e um ano antes da Comissão de Estradas de Rodagem passar a ser Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso-DERMAT. Sua carreira futebolística foi curta e defendeu apenas a Sociedade Postal, preferindo cuidar de seu futuro no serviço público estadual. Zé Alves sempre trabalhou na área administrativa, por ser boa praça era muito estimado por amigos e colegas de trabalho e também faleceu recentemente;
JOAQUIM ANTUNES DE BARROS FILHO, conhecido como “Gete”, também jogou no Mixto E. C., nos anos 60, mas destacou-se mais como jogador de futebol de salão. Trabalhou no DERMAT de 12.05.1964 até o final dos anos 90;
LEVINO DE BRITO “Brito”, jogador do Riachuelo Esporte Clube nos anos 60, entrou para o serviço público estadual no dia 30.08.1963 e aposentou-se em meados da primeira década dos anos 2000. Foi um excelente funcionário, querido por chefes e colegas de trabalho. Jogou todos os campeonatos internos realizados na ASDERMAT, tanto de futebol de salão, como de Futebol Society realizados nos anos 80 até começo dos anos 2000;
LUIZ RODRIGUES DE DEUS “Lulu”, foi parceiro de Brito no Riachuelo Esporte Clube time do bairro Dom Aquino, sucessor do Campinas Esporte Clube, onde formou dupla de ataque famosa nos anos da década de 1960, ingressou no serviço público estadual em 24.04.1962. Oriundo do antigo bairro Do Terceiro, mudou-se para o Novo Terceiro, para onde foram a maioria dos moradores daquele bairro, após a enchente de 1974 causar a extinção do bairro;
LEOVALDO SORIANO DE AMORIM, popularmente chamado de “Abobrinha” foi um dos mais conhecidos engenheiros do DERMAT. Atuou pelo Palmeiras Esporte Clube na década de 1950;
MANOEL VITAL DE CAMPOS, “Vital”, foi um dos maiores nomes na história do Clube Esportivo Operário Várzea-grandense, tendo uma carreira de quase 20 anos e conquistado vários títulos pelo time da ex-Cidade Industrial. Médio volante de estilo clássico, jogou na mesma época em que Ciro foi atleta do Tricolor da Fronteira. Também foi admitido ainda na antiga CER-MT em 15.05.1962, mais de 15 anos antes de seu colega Ciro que começou em 1978;
WILSON CARLOS SOARES DA SILVA, “Fhuá” como era chamado desde a época de menino no bairro Do Areão, está no serviço público estadual desde 28.01.1974 até aos dias atuais. Fuá jogou atuou pelo Novo Mato Grosso Esporte Clube do tradicional bairro Araés, seu único clube, como meio de campo. A carreira de Fuá foi curta no futebol, apesar de ser muito bom jogador, preferiu priorizar os estudos. É Economista formado pela U.F.M.T., colunista de jornais e especialista em gestão de Recursos Humanos.
Alguns outros jogadores também são ou foram servidores estaduais como: Rômulo e Ruiter [Advogados], Serginho (Professor de Educação Física/UFMT], Pelego, Gaguinho, Odenir e Luís Carlos Beleza que foram Oficiais de Justiça no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.