Sem vaga para internar, justiça nega ‘detenções’
Em 10 meses, 276 pedidos do interior para internações de adolescentes marginais, no Centro de Atendimento Socioeducativo de Cuiabá (POMERI), foram indeferidos. A negativa se deu por conta da falta de vagas na unidade. A questão tem reflexo na própria capital. Desde abril, foi determinado que a capacidade máxima do centro não seria ultrapassada e, por isso, alguns menores apreendidos foram liberados. Desde então, pelo menos 17 jovens voltaram ás ruas de Cuiabá, apesar de ser reconhecida a gravidade dos atos infracionais praticados.
O juiz da 2ª vara especializada da Infância e Juventude da Comarca de Cuiabá e Corregedor do Complexo Pomeri, Túlio Dualibi, em entrevista ao jornal A Gazeta, página B1 de domingo (19.06), observa que a procura por vagas entre as unidades do Estado é muito grande e, assim, da mesma forma como os centros do interior pleiteiam espaço no Pomeri, é buscado também daqui para região interiorana.
Dualibi explica que a decisão de liberar o menor por falta de vagas se deu porque foi percebido que o magistrado estava tomando para si uma responsabilidade que, efetivamente, não era dele. Reconhece que tal pratica possa levar o menor à reincidência, e é lógico isso acontece constantemente, e justifica dizendo que a internação levaria à superlotação do complexo e, por isso, são liberados, ‘na verdade, são jogados sobre a sociedade que é obrigada a sustentar os muitos vícios desses menores marginais, pois todos são viciados em todo tipo de drogas‘. (Grifo nosso)
Acusa o poder público de não cumprir obrigações naturais com a sociedade. Diz que a população carcerária é enorme porque em algum momento o Estado se descuidou dessas crianças e adolescentes. Afirma também que o reflexo vem do Estado não cumprir algumas promessas constitucionais, como, saúde, educação e transporte. “Mas e a imensa maioria de jovens e adolescentes da periferia que também não recebem nada disso do governo, mas estudam e trabalham e nunca cometeram crimes? A verdade é clara e cristalina. A população de menores bandidos cresce porque eles tem plena consciência de podem fazer o que bem entendem e nada acontece com eles. A grande maioria vive a serviço do trafico e marginais adultos se aproveitam de suas posições privilegiada quanto à lei.” (Grifo nosso.
Quando punidos, o máximo que acontece é de serem internados por no máximo três anos em instituições que mais parecem Spas de primeira classe, com comida boa, Tv, piscina, campo e quadra para futebol, dentistas, psicólogos e visita intima. Coisa que os menores decentes nunca tiveram por parte de governo nenhum. Quem não vai querer um castigo desses???
Mas isso vai mudar. Um dia a população brasileira vai cansar de ser vitima e resolver a situação à sua maneira. Dos políticos nunca se pode esperar nada de bom. Da justiça, também não, só pensa nela mesma, em aumentar seus salários e patrimónios. Só resta à população fazer o que tem que ser feito: JOGAR A SUJEIRA PARA BAIXO DO TAPETE!!!