O Exército Brasileiro numa época em que era respeitado
CUIABÁ/MT – O ano era o de 1977. Final do mês de abril, começo do mês de maio. O dia, o de um final de semana. Um jovenzinho [bonito], moreninho magrinho, 19 anos, que servia na Companhia de Comando e Serviços/CCSv, 3° Pelotão [que era comandado pelo 3° Sargento Getúlio que no final da década de 1970 do século passado, 1978 ou 1979, teve uma passagem pelo ataque do Palmeiras de Délio de Oliveira], era um dos soldados de plantão na Escala de Serviço daquele dia e coube-lhe por azar ou por sorte, patrulhar a área nos fundos do terreno da sede do quartel que ficava a no minimo 1000 m de distancia do prédio da sede do órgão militar, no turno de 00h00 à 02h00.

Para minha surpresa, no momento em que chegava para render meu colega que havia ficado no turno das 22h00 às 00h00, no Sayonara estava começando um show do cantor Martinho da Vila. Dava para ouvir as músicas como se estivesse na porta da boate, dado à proximidade entre o quartel do Exército e a casa de shows. Foi o melhor plantão dado enquanto estive na sede. Pois ainda, no mês de maio, fui mandado para o trecho [mato] como chamavam na época.
Fui para o extremo norte do Estado, um lugar chamado Vale do Guaporé, a mais de 700 Km de Cuiabá, na cabeceira do Rio Augusta, onde o 9° BECnst tinha um acampamento, na fronteira com o Estado do Pará. Fiquei nesse lugar até meados do mês de setembro, quando mandaram-me descer um pouco mais para baixo em direção à Cuiabá, Juruena [que na época era só uma Serraria e um posto de combustíveis, na mesma BR-163, Rodovia Cuiabá/Santarém. Onde permaneci até o dia 29 antes do Baixão 77, em 30 de novembro de 1977. Um ano que nunca, jamais esquecerei.
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